Autobiografia
- Mariana Bond
- 6 de jun. de 2021
- 3 min de leitura
Na disciplina de Notícia e Escrita Criativa fomos desafiados a escrever um texto autobiográfico. Confira:
Mariana Bond Nascimento Silva, 20 anos, portoalegrense, pisciana e ariana ao mesmo tempo, imagina o caos. Filha única de pais separados e família grande, espalhada pelo Brasil, a qual sou muito apegada. Criada sempre rodeada de mulheres fortes, determinadas e independentes, cresci sabendo que poderia ser e fazer o que quisesse, o que considero um privilégio.
Nasci no dia 20 de março de 2000 no hospital Divina Providência na capital, morei até 2014 em Canoas, onde vivi anos incríveis de muitos sonhos realizados para a adolescente que amava (e ainda ama) ir em shows e fazer novas amizades. Perto de completar 15 anos, em decisão conjunta, eu e a minha mãe resolvemos explorar outras opções e sair da correria da cidade grande em busca de tranquilidade e maior convivência.
Durante seis meses moramos em Búzios – Rio de Janeiro, cidade onde vivem meus tios e prima e costumávamos passar férias, porém o amor por praia e estar junto de pessoas queridas não foi o suficiente para nos manter lá. Logo partimos para Medianeira – Paraná, onde também vivem tios e prima, lá fizemos amizades e fortalecemos outras, nos mudamos para a cidade vizinha, Matelândia, descobrimos como juntas (eu e a minha mãe) formamos um ótimo time, estudei em uma escola incrível, mas mais uma vez, acabamos percebendo que lá não era o nosso lugar. Eis que surge a ideia de voltarmos à cidade natal dos meus pais, Santana do Livramento, onde temos muitos familiares e amigos, um sonho meu de infância pois sempre amei estar em Livramento, cidade que tenho um carinho enorme também por ser o cenário da história da minha família materna.
Decidimos e nos mudamos em dezembro de 2015. Apesar da felicidade por estarmos aqui, não foi fácil, passamos períodos muito difíceis, eu no ensino médio, minha mãe desempregada, e nós duas aprendendo a viver essa vida completamente diferente da que tínhamos, mas apesar disso sabendo que era aqui que deveríamos estar. Entre a nossa chegada até hoje, já enfrentamos os mais diferentes obstáculos, mas confesso que ainda assim nada nos preparou para o que enfrentamos desde o fim de 2018, quando ao reclamar de algumas dores, a condição física da minha mãe foi piorando e ela precisou parar de trabalhar, pelo o que diagnosticaram como artrite reumatoide, e ela luta até hoje, sem um tratamento que realmente tenha dado certo.
Ainda no ano passado, fui diagnosticada com transtorno depressivo ansioso, e tivemos que aprender a lidar com isso também, tenho fases e fases. Contudo, quem conhece a Mariana, sempre vê uma guria alegre, de bem com a vida, viciada em comédias românticas clichês, louca por doces e encantada pelo mundo da maquiagem, que luta muito pelos seus sonhos e não se deixa desacreditar nunca, mas quando está perto disso, tem amigos e familiares incríveis que dão todo o suporte.
Apaixonada por escrever desde muito nova, comecei a estudar jornalismo em 2018, à distância, há pouco mais de um ano trabalho no jornal Correio do Pampa de Santana do Livramento onde aprendi e aprendo muito todos os dias, e redescobri tudo o que podemos alcançar com o jornalismo através da Urcamp este ano. E escrevendo este texto percebi também o quanto tenho para contar somente nesses 20 anos de vida, que não apresentei nem 20%, e espero construir ainda mais memórias em busca da realização dos meus sonhos.
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